quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

GRANDE MARCA MEETS GRANDE CRIADOR
Quando vi o resultado desta parceria apeteceu-me ser rico ao ponto de o comprar todo, e fazer dele a nova baixela lá para casa (a casa claro, uma villa no meio da minha própria ilha em pleno Egeu). Vista Alegre e Christian Lacroix juntos são linhas de uma equação que só podia ter este resultado. Neste post dou destaque à Butterfly Parade, uma das quatro colecções que o mestre fez concretizar na querida velha marca que continua a fazer alegrar a vista. 


Serviço Butterfly Parade, por Christian Lacroix, manufactura da Vista Alegre

Os preços não são tão prazenteiros quanto a colecção, mas se tivermos em conta que o serviço fará as delícias dos seus herdeiros, entre €20 e €40 por um prato raso não parece assim tanto (quanto é que gastou na última camisola que comprou?) E Vista Alegre+Christian Lacroix não passarão de moda no próximo Inverno! Amanhã postarei um shopping à volta deste serviço, para fidelizar o leitor, quer?




BIG BRAND MEETS BIG CREATOR

When I saw the result of this partnership I wished to be rich enough to buy the whole set, and make it my new home tableware (home, of course, a villa in my own island in the Aegean). Vista Alegre and Christian Lacroix are together lines of an equation that could only have this result. In this post I give prominence to the Butterfly Parade, one of four lines that the master did materialize to dear old brand that continues to make us day dreaming.

The prices are not as pleasurable as the collection, but if we consider that the set will make your heirs fight for it, between € 20 and € 40 for a dinner plate does not seem that much (how much did you spent in the last sweater you bought? At least Vista Alegre+Christian Lacroix will not be passed next winter!) Tomorrow I'll post a shopping around this set, loyalty to the reader, do you want me to?



CAROCHINHA É A TUA TIA
Cozinhas não são já sítios onde se encontrem tostões enquanto se varre. São hoje espaços de trabalho, lazer e claro, convívio ao redor da mesa. Especialmente os factores trabalho e mesa são ainda (muito!) porta de entrada  novidades na forma, na função e no acabamento. Segue o primeiro shopping do visadron para amigos do avental com fome de inovação. Enjoy...
2. Engenho de cozinha r2b2, por Christophe  Thetard     
1. Rádio Ceramic, da Studio Lama

3. Utensílios Elevate, da Joseph Joseph
5. Panela de vapor Steam Poacher, Jia
4. Banco Kitchen Sofa, por E. Nilsson, J. Westin e L. Frode
6. Lidded Bowl, da Eva Solo


7. Jarro Jay para chá gelado, da Blomus.

8. Forma de pão Merlin, da Staedter



1. Radio Ceramic, da Studio Lama, estúdio de design israelita. Os botões são de madeira e a peça pode ser decorada a gosto sob o vidrado craquelado. O material e o layout casam perfeitamente com a restante parafernália da cozinha, e vive tão bem numa decoração retro como modernaça.
2. Este pode ser o fim da dependência da electricidade na cozinha; o engenho (que mais lhe chamar?) r2b2, por Christophe Thetard, permite que com a força muscular e um pedal pôr em funcionamento uma batedeira, uma varinha mágica ou um moinho de café: adeus EDP, por aqui não me cobras mais.
3. Para salvar as bancadas de manchas de molho, a Joseph Joseph disponibiliza esta nova colecção de utensílios que, devido a uma pequena cunha, garante superfícies imaculadas. A partir de €11 cada peça, na loja online da marca.
4. Nórdico até à medula, este Kitchen Sofa além de óbvio banco oferece um espaço de arrumação sob o assento e um escaparate para livros e revistas na traseira do espaldar. Foi a tese de mestrado de 3 estudantes - Emma Nilsson, Johanna Westin e Lisa Frode - da universidade de Lund. 
5. Para cozinhar a vapor e de forma saudável, a Jia (chinesa, claro!) desenhou uma panela que se viu vencedora de um prémio Design Plus, na Ambiente de Frankfurt. Com desenho inovador do Office for Product Design, os materiais são os ancestrais, cerâmica e bambu. Comprável na Cutipol e no Hangar.
6. Onde ponho a tampa? A Eva Solo responde com esta Lidded Bowl, porcelana, desenhada para receber a tampa em plástico de modo a que os vapores condensados escorram para o recipiente, não manchando a mesa. €29,95, na loja online da marca.
7. A Blomus inventou o definitivo ovo-de-colombo: chá gelado automático. No Jay - seu nome - ponha gelo e sumo (se quiser), feche, coloque chá no filtro, despeje água fervente e pronto, já está. Chega às lojas em Março/Abril, vai custar €79.95, mas por agora pode saber mais na loja online do representante, Casaobjecto.
8. Para usar a mesma energia gasta em dois pães, ou pão e bolo, ou dois bolos, ao mesmo tempo e na mesma forma. Metálica, mas com divisória em silicone ajustável no comprimento. Chama-se Merlin e é da Staedter, por agora pode compra-la online aqui, por €19.95.


CINDERELA MY FOOT!
Kitchens are no longer places where you find pennies while sweeping. They are currently working or leisure spaces and of course, for socializing around the table. Especially work and table factors are still (a lot!) a gateway for novelties in form, function and finish. Here it is visadron’s first shopping for apron friends, hungry for innovation. Enjoy...

Captions
1. Ceramic Radio, by Studio Lama, Israeli design studio. The buttons are made of wood and the piece can be decorated to taste beneath the crackled glaze. The material and layout marry perfectly with the rest of the kitchen paraphernalia, and lives as well as a retro or contemporary decoration.
2. This may be the end of dependence on electricity in the kitchen; R2b2 by Christophe Thetard, allows muscle strength and a pedal to operate a mixer, a blender or a coffee grinder: goodbye, electric companies, from me you will not steal again.
3rd. To save the kitchen worktops from sauce spots, Joseph Joseph offers this new collection of cookware that due to a small wedge, ensure pristine surfaces. From € 11 each piece, on the brand's online store.
4. Nordic to the marrow, this Kitchen Sofa offers a storage space under the seat and a showcase for books and magazines at the rear of the backrest. It was the master's thesis of three students - Emma Nilsson, Johanna Westin and Lisa Frode - University of Lund.
5. Steam cooking is the healthy way to do it. Jia (Chinese, of course!) drew a pot that won a Design Plus price at Ambiente fair, in Frankfurt. With innovative design from Office for Product Design, the materials - ceramic and bamboo - are ancestors.
6. Where do I put the lid? Eva Solo responds to this with Lidded bowl, in porcelain, designed to receive a plastic cap so that condensate steam drain into the container, no smearing the table. € 29.95, on the brand’s online store.
7. Blomus invented the definitive tea gadget: automatic iced tea. In Jay - its name - put ice and juice (if desired), close it, put the tea in the strainer, pour boiling water and voila, you're done. Hits stores in March / April, will cost € 79.95, but for now you can learn more with the Portugal representative, SLSoares.
8. To use the same energy expended in two breads or one bread and one cake, or two cakes at the same time and in the same mold. Metal, but with silicone adjustable divider in length. Its name is Merlin, from Staedter, for now you can buy it online here, for € 19.95.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

PEQUENA DIÁSPORA DE PRIMAVERA
Não era preciso que ministro algum nos mandasse emigrar para termos sucesso; somos o mesmo povo que se fez ao mar em cascas de noz, armados com pouco mais que mapas erróneos, biscoitos e fé, muita fé.
Na feira Ambiente de Frankfurt vi uma pequena - mas valente - mostra deste mesmo espírito empreendedor (cristo, como pode uma palavra boa ter carga tão má devido ao uso abusivo). 


Esta vai ser uma história dividida em 3 partes autónomas, porque sou um tagarela sem emenda e não quero que cliquem demasiado cedo na bolinha vermelha no canto superior e me deixem a falar sozinho.
A primeira crónica trata do sangue novo convidado pela Ambiente para expor obra recente, por vezes ainda protótipo em busca de grande produtor, noutras já disponível no mercado em pequena edição.


No corredor apropriadamente chamado Talents, encontrei 4 portugueses escolhidos de entre tantos de ao redor do mundo,que mostram bem que 
nacional-é-bom não é, desde há muito, uma mentirinha publicitária. 
1. Almofadas Mosaico, da Pura Cal

A Pura Cal trouxe, dentro do espírito retro/boémio com que nos conquistou, as almofadas Mosaico, inspiradas no piso hidráulico típico da arquitectura da primeira metade do séc. XX. 

Boa surpresa foi também o       
2. Cadeira Wow, por Margarida Valente
espaço de Margarida Valente, onde o foco foi a cadeira Wow, da colecção I lasticidadesNestes sítios não é de bom tom sentar na exposição - foi uma pena, elásticos de cabelo como estofo de cadeira parece-me muito boa ideia. Edição limitada a 20 exemplares. 
3. Arca Azulejo XVIII, da De Lata





Belíssimo leitmotiv, este da De Lata,  "a tradição novinha em folha". O que há de mais tradicional que um baú de folha? Evocativas na forma mas acabadas magistralmente, estas arcas deixam com garbo a placidez da parede e ganham o espaço frente ao sofá ou entre poltronas.




4.Padrões Table e Ropes, da By Agil
Acabo esta primeira volta com a temática com que a comecei: o uso de padrões repetidos, na boa escola que o Al Andaluz nos deixou e que nunca vê esgotado o assunto: Afonso Gil, da By Agil levou a Frankfurt um método que pode ser desdobrado em têxteis de vestir o corpo ou a casa, em papel de parede ou vinil, ou mesmo em revestimento, para pisar em lindo.





Qualquer bom desenho produzido a uma maior escala começa aqui, na cabeça e mão do artista. E paradoxalmente, é tendência que o melhor produto não vá muito mais além disto, não entrando no grande circuito comercial: é tendência o raro, o quase único, o só meu.



LITTLE SPRING DIASPORA
There was no need to any minister send us to emigrate so we could  succeed; we are the same nation who sailed away to sea in walnut shells, armed with nothing else that erroneous maps, biscuits and faith, a lot of faith.

On last Frankfurt’s Ambiente, I saw a small - but mighty – bunch of Portuguese companies that show this same entrepreneurial spirit.

This will be a story divided into 3 independent parts, because I'm absolutely a chatterbox and do not want you to click, too soon, on the little red dot on the top of the page and leave me talking to myself.
This first part treats about “new blood on design”, invited by Ambiente to show most recent work, sometimes in search of great producer for prototype, mostly already available on market, in small edition.

In the corridor appropriately called Talents, I have founded four Portuguese names, chosen from many around the world.

Pura Cal, in the retro / bohemian spirit that has already won us, brought the Mosaic Cushions (picture 1), inspired on the typical XX century’s southern architecture flooring.

A good surprise was also Margarida Valente’s space, where the focus was on the Wow chair (picture 2), from I lasticidades collection. In these places is not polite to sit on the display – such a pity, since hair elastics as chair padding it seems a very good idea. Limited edition of 20 copies.

Gorgeous leitmotiv, this De Lata´s, "a brand new tradition." What's more traditional than a tin foil ark? Evocative in the way, but finished masterfully, these chests enchantingly leaves the placidity of the wall and wins the space in front of the sofa or between seats (picture 3).

I finish this first round with the theme with which I began: the use of repeated patterns, as ancient Al Andaluz school left us : Alfonso Gil, from By Agil, brought to Frankfurt a method that can be developed in textiles dressing the body, or the home, in wallpaper or vinyl, or used, most traditionally, on flooring (picture 4).

Any good design produced on a larger scale starts here, in the head and hand of the artist. And paradoxically, the best trendy product does not go much beyond that, not going into great commercial circuit: the trend is the rare, the almost unique, the mine only.

Captions:
1. Cushions Mosaic, by Pura Cal
2. Wow Chair by Margaret Valente
3. Tiles XVIII Ark, by Delata
4. Ropes and Table patterns, By Agil


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

MANIFESTO

maqueta para Especial Listas de Casamento na Máxima Interiores, o ano não interessa, casar é sempre lindo                 mockup for Wedding Lists on Maxima Interiores

MANIFESTO
Em 1999 vendi brilhantemente - modéstia à parte - um cadeirão da Vitra, na esquina da Politécnica com a rua Nova de São Mamede: um lounge dos Eames, com repousa-pés, estrutura lacada a preto e estofo em pele cor de nata: um bombom para a alma. Este facto fez-me entrar no - na altura - novo mundo da imprensa da decoração e do design em Portugal. Vi a ascensão e a queda de publicações que, vistas como menores por quem de mal-direito, foram encerradas: depois de ajudarem à promoção das editoras foram as primeiras guilhotinadas pela queda. E como não posso ficar editorialmente viúvo pela terceira vez e fazer de conta que nada se passa, abri este shoppingvisadron.

Não aceito de braços cruzados que a imprensa nacional do sector fique reduzida a revista e meia mensais, feitas com restos que caem dos pratos das internacionais e com borlas enviadas por gabinetes de arquitectura e interiores. Pelo meu lado, vou aqui tentar informar - sem pretensões de formar, cruz/credo! - o que se faz de novo lá para a casa e do que já se fez e vale a pena revisitar em novo contexto. E opinar, que é coisa mais forte que eu, herdada de minha mãe que não resistia a alfinetar sempre que se justificasse; mais que defeito, melhor que feitio, há no alfinetar uma espécie de motor, seja prosaico, seja, em patamares mais acima, civilizacional, que não é de desprezar.  

O bom gosto não acompanha obrigatoriamente a espessura da carteira; pelo que tenho visto, é comummente bem pelo contrário, e não me venham dizer que quem tem dinheiro não tem tempo para compor a sua própria casa e necessita de decorador; para mim e para a minha tribo, o segundo maior prazer da vida é entrar numa casa nova vazia e escaqueirada, de calculadora numa mão, e fita métrica na outra e duas mochilas de ferramentas às costas, agarrar a obra pelos cornos e fazer dela o que eu quero.


A decoração nunca acaba, nunca está pronta; acabar um decor mata-o e resigna-o à triste posição de datado; se você cresce e muda, o seu habitat não lhe pode ficar atrás; mais, se crescer consigo e acompanhar a sua visão da vida, o espaço que o rodeia retribuirá e contribuirá para o avanço de ambos: é a simbiose perfeita.


Não existe boa decoração dress down; pode ser boémia, grunge ou esfarrapada, com paredes corridas a aparite usada antes como taipal de obra, mas se tiver um sentido, contar uma história e espelhar quem a usa - idealmente a mesma pessoa que a faz - só pode correr bem e ser dress up.

Não acredito em académicos da decoração e em verdades incontestáveis: não existem tais coisas como cores que choquem entre si, objectos ridículos ou espaços definitivamente medíocres. Dependendo da história contada, o napperon sobre a televisão com cinescópio agigantado, coroados com galo-de-barcelos-ou-nossa-senhora-de fátima-higrométrica podem ser a cereja no topo de um espaço.

Prometo ser um cão de caça na busca do bom - que não é forçosamente sinónimo de novo -  e nesta busca não vou ter em conta baixo preço; ver e gostar não implica comprar; se tem este tipo de problema existem boas instituições onde pode tratar a maleita.

Por fim, eu e este meu espaço temos a agradecer, profundamente, a um grupo iluminado de administradores de grupos de media que decidiram encerrar as publicações onde trabalhei entre 2000 e 2012. Graças a estes imprevistos mecenas sou dono do meu método e da minha edição, sem ter que explicar o que é uma mísula, bater-me pela existência da palavra capitonado, definir especificamente o quero dizer com estilo-miss-havisham ou trabalhar até às 2 da manhã porque aquele azul não é o certo:
- mas qual é? phtalo, prússia, ultramarino? 
- não sei, não sei o que isso é, mas sei que não é este... traga-me outros
Por estas e por outras estive indeciso entre blogar ou escrever uma telenovela sobre a vida numa redacção de literatura mensal levezinha; tenho a certeza de que esta é a melhor escolha, e de qualquer maneira, posso escrever o folhetim ao mesmo tempo.




MANIFESTO
In 1999 I sold brilliantly - modesty aside - a Vitra chair, on a shop in Lisbon, where I worked for a while: an Eames’s lounge with footrest, lacquered black  structure and upholstered in cream coloured leather: a candy for the soul. This made me get into the - at the time - new world of decoration and design press, in Portugal. I saw the rise and fall of publications that seen as minors by a bunch of suits, were closed: after helping the rise, were the first guillotined by the fall. And since I cannot be editorially widowed for the third time and pretend that nothing is happening, I started this shoppingvisadron.

I will not quietly accept that the national deco press is reduced to one and an half monthly magazines, made with crumbs that fall from the international dishes and freebies sent by architects and interior designers. For my part, I will try to tell here - without pretensions of teaching, God forbids! – what is new for the home and what has been already done and is worth revisiting in a new context. And prick, that is stronger than my will and proudly inherited from my mother who could not resist a snipe whenever justified; rather than a defect, there is on pricking an engine to civilization, that cant be slighted.

Good taste does not necessarily stands by the fatness of the wallet; by what I've seen, is commonly quite the contrary, and please don´t tell me that those who have the money do not have the time to compose their own home and so will need a decorator; for me to my tribe, the second greatest pleasure in life is entering an ruined empty house, calculator in one hand, and tape measure in the other, two backpacks of tools on my back, grab the work by the horns and make from it what I want.

A decor never ends, is never ready; finishing a decor kills it and resigns it to a dated  sad position; if you grow and change, you cant leave your habitat behind; better, if it grows with you and full fill your vision of life, your space it will rewards you and will contribute to the advancement of both: it is the perfect symbiosis.

There is never good decoration dressed down; it may be bohemian, grunge or tattered, with walls covered with stained reclaimed wood, but if it has a sense   (tells a story)  and reflect the wearer - ideally the same person that have done it – it can only be fine and dressed up.

I don’t believe in deco academics and incontestable truths: there are no such things as colours that clash with each other, ridiculous objects or definitely mediocre spaces. Depending on the story, the old fashion lace on television’s top, crowned with the Queen’s Mother picture can be the space's cherry on top.

I promise you to be an hound in search of good - which is not necessarily synonymous of new - and in this search will not take into account low price; to see and to like, does not mean to buy it: if you have this kind of problem there are very good institutions where you can be treated.

Lastly, me and this blog of mine, we want to deeply say thank you to a group of enlightened media groups’ administrators who have decided to close the publications where I worked between 2000 and 2012. Thanks to these unforeseen patrons I am the master of my way and editing, without having to explain what is a corbel, to push the existence for the word capitonado, specifically define what I mean by miss-Havisham-style or work until 2 AM because that was not the right blue:
- But what is? phtalo, prussia, overseas?
- I don’t know, I do not know what that is, but I know that it’s not one of these ... bring me another.
For these and others I've been torn between blogging or writing a soap opera about working among monthly airy literature; I am sure that this is the best choice, and anyway, I can write the series at the same time.