domingo, 2 de junho de 2013

COCOONING


Há 3 ou 4 anos, a equipa com quem trabalhava na altura propôs-se fazer um resumo da década que findava e o que de novo já se cheirava para a década seguinte. Uma criatura que fazia parte da equipa apregoou que acabava-o-cocooning-as-pessoas-voltavam-à-rua-e-a-bombar-noite-adentro. A mim pareceu-me que à criatura apetecia tal coisa, mas que se adivinhava que o enclausuramento voluntário não acabaria, muito pelo contrário, havia já, não indícios, mas provas concretas que a muito de nós apeteceria cedo voltar ao ventre e ficar lá, quietinho. Não sei o que aconteceu ao visionário, mas os casulos não acabaram, são hoje, definitivamente, mais que uma tendência, uma realidade concreta.


Casulo Hush, por Freyja Sewell,  feltro de lã e lã reciclada, 190x142x142cm, produzido pela Ness Furniture€3.257, no site da criadora. Debutou na Clerkenwell Design Week 2013.
Hush cocoon, by Freyja Sewell, wool felt and recycled wool, 190x142x142cm, produced by Ness Furniture,       €3257, on the designer's site. Has debut at Clerkenwell Design Week 2013.




COCOONING



3 or 4 years ago, the team I worked with was proposed to summarize the decade that was ending and what was already 'smelling' for the next decade. A creature that was part of the team proclaimed cocooning-is-dead-people-are-returning-to-street-and-pumping-all-night-long. To me it seemed that the creature felt like it himself, but I was guessing that the volunteer enclosure was not ending, on the contrary, there was already evidence that, to a lot of us, was the desire of return to the womb and stay there, still and quiet. I do not know what happened to the visionary, but cocoons are not over, they are now, definitely, more than a trend, a reality.

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